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Mostrando postagens de novembro, 2010

Igual uma poesia

Por: Elionai Dutra Este hoje me pertence Neste dia você entende Que tudo o que era dia Não passava da monotonia Hoje choro perto Amanhã você chora longe Do dia incerto Pense que amanhã Será uma manhã De um dia fresco Como hoje Enquanto eu penso Deite nesta poesia Que só será bonita Quando chegar este dia...

Quem sou?

Por: Elionai Dutra Que briga é essa? Parece uma luta De duas comadres Por uma promessa Que promessa? Das duas comadres No meio do pátio Perante uma telecia Que telecia? Aquela opinião Que queriam fazer A respeito de você Quem é você? Eu não sei Só sei que aquela luta Parecia me responder...

Abecedário da vida

Por: Elionai Dutra Quando se tem vontade de aprender é outra coisa! Tudo se transforma em possibilidades, o tempo e o espaço se diluem em significados extremos de total consideração e dedicação ao aprendizado. A vontade é a mínima coisa a ser interpretada e a máxima sentença a ser descoberta, por esta razão as crianças que querem aprender são interpretadas de modo estranho pelos que não descobrem essa sentença. Não me refiro aos comportamentos infantis, pois estes são para o cumprimento de uma vontade absoluta do "querer liberdade sem um propósito concreto".  Comecei a lecionar uma disciplina extracurricular (informática) em minha escola. Uma mera observação na quantidade de alunos: um. Esse número representa uma vontade de aprender que vale por mil alunos matriculados. "Não adianta termos uma quantidade grande de espectadores, o importante é fazer valer a pena o espetáculo", dizia um mendigo na Praça Sylvio Romero, em Tatuapé. O que mais me comoveu foi que este

Regra de cinco

Por: Elionai Dutra E nem para me dizer Que tudo era farsa "enêmica" E nem para me contar Que ela tinha cor anêmica E nem para me mostrar Que respeito é bom E nem para me assegurar Que provar é escolher o tom Tom de tomada de decisão E nem para me revelar Que a regra era outra E nem para me provar Que a outra regra era contra E nem três E nem seis Regra de cinco Como dizia aquele japonês...

Pano na Janela

Por: Elionai Dutra Ou era um lenço Ou uma flanela Dobrados no canto Daquela janela Ou era eu Ou era você Unidos por um fio De um bem-querer Na verdade Ou éramos nós Ou aquela aquarela Desenhando-nos após No canto daquela janela

Um prato que faltou

Por: Elionai Dutra Aqui no Brasil é assim: Comoventes discursos e números Justificáveis provas de polímeros Doações de barganhas por ali E nem a verdade para mim Aqui onde estou é assim: Gente que discute subindo Mulheres que xingam descendo Crianças que me zombam E Cães que me amam No Bom Prato é assim: Fila na frente da zona Zona cheia de lona Barulho de louça E os pratos sem rima nas mesas No Meu Prato é assim: Repartir com meus cães Orar pelo amanhã Viver o agora Mesmo que minha poesia Seja o mendigar Desta demora