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Mostrando postagens de setembro, 2010

Soneto de Pérgamo-Brasil

Por: Elionai Dutra Qualquer pedaço do tecido vegetal Vegeta o pérgamo da flor Que arranca o odor amazonal E destila sarcasmo de horror... Qualquer viagem "senádica" ao rio Intenta uma rosa cor papel Que observa o pérgamo pueril Da mata de livros no beleléu... Qualquer soneto de pérgamo Que seja Será pouco Brasil-Papiro... Qualquer praga egípcia Que denota tradição Lembrará esta metonímia...

Pilhérias do Mocinho

Por: Elionai Dutra Você pensa que tudo é brincadeira Não é brincadeira não Você pensa que não pensa sério E acha que sério é vão Você acha que Ele é nada Nada é você E se tudo fosse você Não queria ser eu...

Técno-Sapiens

Por: Elionai Dutra Da corcunda para os arranha-céus... Uma ciência fora dos carrosséis... Mas de olho no futuro dos nanobéus... Anti-Homo Sapiens, técno-sapiens... Sem medo pelo medo... Com razão sem emoção... Em outro ideal...anti-credo... Nem sim, nem não... Solidão... Alma gélida, fria e nua... Espírito de busca, manipolar, fuga... Força do desejo em si... Imediatismo do por-vir... Sim, técno-próprio, sem ir... Ser, homo-sapiente, sabido... Perder, alma, vida, sentido, detido... Agora, já, neste momento... Técno-Sapiens...

Intimidade Amiga

Por: Elionai Dutra Eram Nove horas da manhã, em algum dia. Num pequeno vilarejo, poucos moradores transitavam pelos caminhos. Duas crianças no pátio de uma escola faziam um sonido amigável e risadas que me levou à aproximação das cercas que protegiam uma quadra. Subi para alguns bancos da praça e olhava-as sentado num deles, no qual me dava uma vista privilegiada das crianças. Eu as observava lentamente, como que tornando a brincadeira em quadros de pensamentos distintos da minha realidade, assistindo, com todo esmero, aquelas duas criaturas brincando, sem compromisso, e que viviam correndo como se o próprio ar que respiravam fosse seu mais singelo e fiel amigo.                  O relógio batia dez horas e trinta minutos da manhã daquele dia. Ainda brincavam com a bola nos pés, corriam para lá e para cá, num teatro que muito me instigava e me fazia encarar a minha vida de perto. Assim que uma delas olha para cima, vê um homem as observando e, elas, parando com o teatro voltaram os o