A arte não me pertence Pertenço ao próprio apreciar Próprio que não há Que em mim apenas adentre Pois escrever é mais que criar no papel É revelar o que não está escrito Lembrar é redesenhar o céu É dizer a si o que poderia ser dito Cantar é as notas achar É procurar as notas que ainda não existem Dramatizar é mais que encenar É fazer da cena lugar onde os sonhos residem Residir é um verbo que o João-de-barro desenhou Lá em cima, nas árvores Cantando, uma morada esboçou Pra acolher seus amores Elionai Dutra Poemas *Imagem: João-de-barro
Queria inventar uma canção na noite passada Só para dizer detalhes Detalhes que completam a vida Que descrevem a alma Queria sentar e acalmar Como um simples trabalhador Que de tardezinha assobia feito um trovador Queria colher sonhos E regar verdades E assim ressoar as frases de uma bela canção Canção de liberdade Que esclarece detalhes do que é feito meu coração. Elionai Dutra Poemas
É um tal de "empurrar com a barriga", de mentir pra povo ver, de se escorar na mentira. Sanguessugas das águas suburbanas, medrosas e medonhas. Sugam o pleito, eleito às escondidas. Relaxo nacional! O que valerá mais? A imposição internacional? Rumores de dívidas Rumos tomados sem precaução Nem deliberação. De um povo heroico faltou a retumba, que tomaram de um jeito estoico. Tomaram o poder Eleito? Não, "glo(bra)lizado". Elionai Dutra Poemas
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