O Perdão

Texto por: Elionai Dutra



"O perdão é o socorro do Amor em aflição."






Parece notório o caráter de quem perdoa, porém é a causa do dano que faz a reação humana ser como se vê em seu caráter. 

Recebe o dom do perdão aquele que analisa, minuciosamente, as causas dos problemas e realiza, espontaneamente, o amor para com quem causou os problemas. O amor é a capacidade humana de retornar à sua natureza primitiva ou divina. O homem, confuso com seus sentimentos abalados, pressente e controla o que se quer fazer, como sentir paz, viver o amor, construir o bem de sua existência, todavia permanece esquadrinhado (e isso porque quer) em sistemas, os quais elabora para criar "pretextos" em omitir o erro que cometeu, usa a dor para substituir seus pensamentos recessivos e o caos existencial na contínua morbidez que contém em sua essência.

O Perdão não existia enquanto a inocência compreendia todo o entendimento inconsciente do homem.
As guerras, conflitos, dissensões, porfias, contendas, brigas e lutas contra o próprio semelhante do homem, o tornaram como animais selvagens que não têm entendimento para perdoar e amar, antes, usa artefatos"contumazes" por instinto próprio e racionalista de natureza. O homem ao se tornar um animal que destrói e não executa o pensamento do bem, tenta se advertir na sua capacidade racional, que , todavia, não se efetua, pois seu próprio desejo instintivo o leva a não pensar, mas, sim, agir antes de pensar. As perseguições nada mais são que "a recuperação de uma determinada reputação humana predatória", pois os preconceitos (todos os alcances) levam o homem aos resquícios de sua natureza errante e imoral.

É difícil compreender, mas o homem está em seu apogeu, tanto no patamar baixo, quanto no alto. Todo o homem é a semelhança de Deus, herdara apenas uma pequena parte de sua natureza, como o perdão, que é o socorro do amor em aflição. Os desejos e prazeres do homem são iguais aos dos animais, não se sente responsável em alguns momentos, além disso, sente-se inimigo de si mesmo ao ter medo de ser mais justo e íntegro em seus atos perante a sociedade diluída em corrupção. Da infância à velhice, o homem se estende no tempo e se reprime no espaço, deixando sua existência sem sua essência (amor), deixando, de fato, sua essência sem o meio pelo qual a alma se renova para que a existência tenha sentido (perdão).

Deus, verdadeiramente, está além do espaço e do tempo, todavia, Ele, através de seu Filho Jesus, perdoa o ser humano (sua criatura e filho), mesmo sabendo que o homem não sabe o que faz e está preso ao espaço e ao tempo de suas desilusões medíocres, criadas por ele mesmo...  

   

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